domingo, 18 de dezembro de 2011

O Brasil precisa de um novo JK

Ousadia; capacidade de liderança; habilidade política; visão de desenvolvimento são algumas características que fazem de Juscelino Kubitschek memória viva nos tempos atuais.

Por Fábio Lopes
admfabiolopes.blogspot.com

Juscelino foi telegrafista, médico
urologista, prefeito de BH;
governador de Minas Gerais e
presidente do Brasil.
Ambição e ousadia. Será que
o Brasil terá outro presidente
igual a ele?
DEBRUÇANDO-ME NA HISTÓRIA DE JK (1902 - 1976), não há como negar a inteligência e dinamismo que esse homem teve na sua vida pessoal, política e profissional. Imagina, você, nas décadas de 1910 a 1930, viver em uma pacata cidade no interior de Minas Gerais (Diamantina) onde não havia informação suficiente (para não adjetivar de "informação precária"); não havia faculdades; e nem formação profissional. O que havia era apenas uma cultura histórica preservada nas ruas inclinadas em paralelepípedo e nas formidáveis arquiteturas das igrejas (mãos de Aleijadinho). Só. Pense ainda na ausência de seu pai (morto quando o menino havia apenas 3 anos); e uma mãe que precisava sustentar dois filhos dando aulas na pacata cidade. Opa, espera um pouco: uma mãe professora? O nome dela era Júlia Kubitschek.
JK em visita a Diamantina: pacata
e histórica cidade não oferecia condições
dele ir mais além.

Talvez, o incentivo aos estudos fez com que JK criasse esse olhar a diante, mesmo com as limitações que a cidade detinha. Sem recurso, pobre literalmente, foi para Belo Horizonte e conseguiu cursar medicina na Universidade Federal de Minas Gerais. Ambição da época que nasceu de sua mente, pois, analisando cautelosamente, as condições e o meio onde JK estava inserido não ofereciam nenhuma condição para ele chegar onde chegou. 

Dando um grande pulo, chegamos à década de 50. JK é eleito presidente do Brasil em 31 de Janeiro de 1956.  Outra ousadia: Plano de Metas, o que colocou o Brasil, definitivamente, nos trilhos do desenvolvimento e da estabilidade política. Porém, todo esforço de JK foi interrompido pela estagnação econômica liderada pelas forças militares e o país esteve mergulhado em uma inflação incontrolável. 
Muitos historiadores se inflamam afirmando que JK forçou o Brasil para o desenvolvimento e, como consequência, mergulhou a pátria em uma divida pública da qual estamos pagando até hoje  (sabe aquela taxa Selic que os jornais tanto falam? Então, ela determina o custo dessa dívida).

Mas, em outras mãos, todo crescimento e desenvolvimento têm uma consequência e principalmente, quando a economia resolve sair da agricultura e partir para a tecnologia. Começou tarde. O país "dormiu por 400 anos"; naquela época estávamos muito longe de sermos uma potência. Alguém precisaria dar um passo inicial: esse alguém foi JK.

No fim das contas, apesar dos grandes impactos que a inflação afetou na economia, ninguém morreu por causa dela. E hoje, não teríamos um mínimo de industrialização se não fosse o idealismo e ousadia de JK.

Penso que hoje o Brasil precisa de um novo JK; pouco político, mais técnico.  Com metas claras. 

É conhecendo o passado que se entende o presente. Assista o vídeo abaixo e perceba que até hoje vivemos visivelmente os resultados do governo dele.