sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ELEIÇÕES 2010


MESÁRIO E ELEITOR: PARTES INVIOLAVEIS DA DEMOCRACIA

Por Fábio Lopes
Especial para o Jornal da Manhã de Marília - SP


Em todo período eleitoral, faço minhas reflexões em torno do processo democrático de nosso país, criando um paralelo entre o meu feliz direito e dever de votar e o meu feliz exercício de mesário.
Como todos sabem, o mesário é peça de suma importância à democracia. Em poucas e objetivas palavras, o mesário é o braço do juiz eleitoral.
O eleitor é o verdadeiro presidente da república. É através do voto que ele toma a decisão de como deseja a forma de governo de seu país, à luz das propostas apresentadas pelo seu candidato e respectivo partido político.
O mesário tem a função de prevalecer com autoridade a ordem e o exercício da democracia em sua seção eleitoral, oferecendo toda a estrutura e segurança para que cada eleitor manifeste a sua consciência política através do voto. Mesmo com funções distintas: presidente, 1º e 2° mesário e secretários, todos os convocados trabalham nesses mesmos objetivos.
Por que prevalecer a ordem? Muito além da coleta de votos, o mesário também é agente fiscalizador, impedindo em sua seção, crimes como “boca de urna”.
A consciência do voto não começa exatamente quando o eleitor se encontra diante de uma urna receptora, mas a partir de seu primeiro contato com os mais variados candidatos e suas propostas, seja no rádio, na televisão, internet, nos impressos entregues pelos cabos eleitorais, seja nas faixas e placas espalhadas pela cidade ou até mesmo na presença pessoal do(a) candidato(a).
Ouvir as propostas dos candidatos possibilita conciliá-las aos valores que desejo para o meu Brasil, grande critério decisivo para a escolha daqueles(as) que representarão o povo nos poderes executivo e legislativo em suas respectivas esferas estadual e federal.
Nesse paralelo, é necessário que o mesário receba todas as instruções, orientações e apoio da Justiça Eleitoral para que o exercício da democracia seja preservado e garantido. Pois, a livre e consciente escolha do eleitor é direito inviolável e o cidadão precisa manifestar o seu desejo através do voto. Qualquer forma de influência que possa violar esse direito deve ser interpretada como crime.
A decisão do eleitor é valiosa para uma nação próspera. Também é importante frisar que o eleitor é maior responsável pelos políticos existentes. Bons ou ruins, certos ou errados (não cabe a esse artigo fazer qualquer julgamento), é pela escolha do povo que eles estão no poder. Não se pode haver ingenuidade no voto.
Por que eleger alguém que possuí irregularidades? A transparência é elemento primordial da democracia. Damos destaque à campanha Ficha Limpa que proporcionará uma justa e maior consciência nestas eleições.
A vida pública se constitui de respeito, seriedade e compromisso, da mesma forma que também são essas as virtudes de um eleitor e mesário durante as suas funções particulares nas eleições.
Concluindo esse paralelo, mesário e eleitor são partes invioláveis da democracia. E sinto-me honrado de poder exercer esses vitais exercícios para o meu Brasil. Conduzir o processo eleitoral aumenta a certeza de que somos, inquestionavelmente, responsáveis por uma nação melhor.