sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Ob Portus




Neste mundo de profundas transformações no  cenário econômico, político, tecnológico e social, as incertezas, os riscos e as oscilações do mercado tornam-se fatores que para alguns são ameaças e, para outros, oportunidades.

A especulação gerou muitas riquezas para diversos investidores e foi por muitos anos o freio de mão que atrasou o desenvolvimento econômico de nosso país. Hoje a especulação ainda mantêm-nos travados, sucumbindo qualquer avanço – por exemplo - na esfera tecnológica, deixando nosso país anos luz atrás de outras potências econômicas suficientes para desenvolver as novas tendências que farão parte do nosso cotidiano nos próximos dez anos (tendências essas que ainda, reforçamos, não foram inventadas).

O vento que sopra para uma direção pode ser oportuno para um ou ameaça para outro. Na antiguidade, os navegantes costumavam dar nomes aos ventos que enfrentavam nas longínquas viagens oceano afora. E todo vento que ajudava a caravela a conduzir-se à direção do porto na qual os navegantes tinham como ponto de chegada, eles davam o nome ao vento de Ob portus (do latim, ao porto).

Mais tarde, com as variações da linguagem, a expressão latina ob portus foi utilizada como estrutura radical da palavra oportunidade, que faz jus ao seu real significado de vento favorável ao porto.

Dentro dessa dinâmica, as oportunidades, ou seja, os ventos que fazem essas incertezas e riscos acontecerem, podem ser vistas como um sinal positivo para chegarmos – definitivamente – aos patamares que tanto precisamos para ser referência mundial não só no futebol, mas também na capacidade de gerarmos riquezas palpáveis para a economia, tecnologia, cultura, educação, saúde, infra estrutura e segurança.

De nada vale investir cifras expressivas, por exemplo, na educação se o aluno não identifica oportunidades naquilo em que se aprende; de nada vale  investir em infra estrutura se não houver redução na carga tributária possibilitando que nossos produtos e serviços sejam mais competitivos; de nada vale investir em patrulhamento pesado a nossa segurança se a desigualdade não permite com que as camadas mais desfavoráveis da nossa sociedade enxerguem oportunidades a sua frente;  de nada vale qualquer partido político investir milhões de reais em campanhas eleitoreiras se não houver propostas realmente transformadoras para o nosso país; de nada vale investir em saúde se não houver conscientização da qualidade de vida; de nada vale qualquer oração suplicante se não houver um mínimo de praticidade.

O mais lamentável é que, a cada manhã, uma nova oportunidade, ou seja, um novo vento vem com tudo para empurrarmos ao desenvolvimento, mas não pode ser aproveitado devido a outros ventos maiores que insistem fazer a nossa caravela voltar para trás ou girar em um incansável redemoinho.

Não trata-se de um artigo pessimista, muito menos de um artigo cético sobre qualquer possibilidade de mudança, mas já está na hora de (re)pensarmos sobre qual é a prioridade que precisamos para o nosso  Brasil; qual vento oportuno aproveitar; não deixar com que as campanhas lunáticas, sobretudo em tempos de Copa do Mundo, ofusquem as reais necessidades do Brasil. Pelo contrário, que eventos como a Copa do Mundo possa ser um vento oportuno para alguma espécie de desenvolvimento econômico, um avanço cultural e as mais diversas oportunidades que o brasileiro poderá aproveitar com essa chegada de tantas nacionalidades (riquezas) ao nossos portos.

Precisamos sempre ter foco: olhar sempre a frente, para o porto de chegada.

Com essa ambição e muita disciplina, alunos focando em seus estudos, maiores incentivos a nossa economia, segurança e políticas públicas lado a lado, verdadeiras propostas transformadoras, maior qualidade de vida e mais prática do que teorias, certamente, absorveremos muitas oportunidades que levarão-nos a diversos portos referenciais de progresso.

Cabe a mim e a você decidirmos para onde queremos que os ventos oportunos nos levem. Pois, já dizia o poeta Fernando Pessoa: “Navegar é preciso”.

sábado, 3 de novembro de 2012

O bom do lado ruim: experiência nunca é demais

NESTES ÚLTIMOS DIAS, debruçando-me na nova literatura de Roberto Shinyashiki em seu best seller: "Problemas? Oba!", o fascículo tem despertado o pro-ativismo das pessoas para serem agentes solucionadores de problemas. Resolvi, portanto, neste artigo, fazer uma análise prévia sobre a obra aliada ao conceito semelhante que utilizo como ferramenta diária da minha vida: o bom do lado ruim.

Desde o princípio, durante a minha graduação, ouvíamos sobre a necessidade de abraçarmos os desafios se desejamos tornar "profissionais notáveis". Afinal, quando entramos para o mercado de trabalho, desejamos fazer a diferença, deixando de ser "empregado" para ser "profissional".

Obra estimula a sermos solucionadores de problemas.
Shinyashiki mostra esclarecido em sua obra. Os obstáculos nunca acabarão e somos preparados todos os dias para solucionarmos um a um no curso da nossa vida, seja pessoal e profissional. Lembrando também que, embora exista muitas teses correndo por ai que afirmando o contrário, eu não creio que seja possível separar o pessoal do profissional. Pois, o homem é composto por uma unidade, dotado de todas as suas faculdades: harmonia boa o homem produz; sem harmonia o homem não gera resultados.

Mas retomando para artigo e continuado com a análise da obra "Problemas? Oba!" a eficiência pode ser entendida pela seguinte equação: produção x tempo = resultado. Nós temos dois fatores: o que fazer? (identificação do problema: histórico causa e consequência; análise da situação: quais alternativas se tem; solução = execução, produção para eliminação do problema) e o tempo (medida estabelecida utilizada frequentemente para o cumprimento de prazos). O produto, ou seja, a consequência de todo esse esforço dá-se o nome de resultado (análise da satisfatoriedade de todo o processo equacional).

Se temos essa equação como lógica das resoluções dos processos, temos a capacidade de identificar as diversas oportunidades que os problemas nos oferece. Problemas geram experiência, se bem discernida e lúcida sobre a necessidade de resolvê-las. 

No mundo corporativo não é diferente, os fatores externos: oportunidades e ameaças, mercado concorrente, clientes e fornecedores, órgãos reguladores  são alguns dos elementos que nos colocam diariamente no foco das soluções. Há alguns obstáculos envolvendo processos, sistemas, tecnologia etc que podem ser eliminados mais facilmente se comparados aos obstáculos estabelecidos pelo próprio homem: uma regulamentação, a falta de iniciativa, a dependência. Fatores humanos que "fogem" da nossa capacidade de interferir para resolver o  problema.

Diante deste cenário, fica evidente o estabelecimento de um diálogo que permita a outra parte enxergar o grau de necessidade sobre a solução de um problema. E geralmente grandes líderes desenvolvem discussões que motivam equipes a dar o melhor de si para serem reconhecidas. As pessoas são importantes e nada melhor que reconhecê-las para que elas continuem dando sempre aquele "plus" em todas as suas atividades, colaborando mutuamente para que os resultados obtidos sejam alcançados através de uma soma sucessiva de esforços.

"Problemas? Oba!" encoraja para a pro-atividade e quebra o nosso comportamento passivo de atribuir a culpa aos outros. Todos nós somos responsáveis pelo sucesso ou pelo fracasso.

Esse é o bom do lado ruim: a soma de desafios é igual a soma de experiências. Encarar os obstáculos possibilita acumular know-how que tornará a sua marca registrada pra vida toda. E principalmente, experiências que pertencerão exclusivamente a você; valores que tornarão seu nome lembrado no mercado de trabalho. Portanto, não tenha medo se os problemas resolverem bater a sua porta. Se bater é porque você sabe como resolvê-los. E detalhe: ensine sempre as pessoas a resolverem os problemas delas. 

Experiências formam verdadeiros mestres nesta eterna escola chamada VIDA.

sábado, 2 de junho de 2012

E o seu currículo vai bem?

Não há crescimento profissional se não abraçar novos desafios.

Por Fábio Lopes
admfabiolopes.blogspot.com

Nesta caminhada da vida, aprendi que quando surge novas oportunidades de trabalho (mudanças de emprego especificamente)  é porque está na hora de você fazer mudanças para o seu crescimento profissional. Nenhuma oportunidade surge do acaso. Se ela apareceu é sua. Saia da acomodação e dê musculatura ao seu currículo. Abrace novos desafios.

Numa noite dessas, depois de ter enfrentado um dia de trabalho conturbado; exausto pela rotineira atividade e poucas projeções de crescimento da empresa; dependência da injeção de capital estrangeiro e mercado estagnado pela burocracia dos órgãos do governo, recebi um telefonema curioso desse meu louvável networking (Infalível. Quem vive só de processo de recrutamento e seleção está jogando a sua carreira fora). Atendi. Do outro lado da linha era a menina oportunidade. 

Confesso que fiquei alucinado. Afinal, no auge dos meus 20 e poucos anos, estar há 4,5 anos em uma empresa com um crescimento tímido, era óbvio que aquela oportunidade veio dar um "up" à minha carreira profissional. A menina oportunidade me propôs um futuro posto de gerente após uma análise de atuação e resultados na  qual se daria através da implementação de um novo ERP à empresa. Qual recém-formado não abraçaria essa oportunidade? Fui fundo. Eu disse "sim" com convicção.

Adeus pra sempre empresa que me acolheu como estagiário? Nada disso. Por onde passo alimento a convicção de que tudo deve ser de forma profissional e, sobretudo, amigável. Apesar de a contraproposta não superar a nova oportunidade que estava à minha frente, desliguei-me de forma tranquila e serena sempre com o discurso que não seria um ponto final. E nunca foi. Sempre mantive contato (networking) com os diretores e toda a equipe que trabalhou comigo. 

Afinal, para um bom profissional que se desliga de uma organização depois de um certo tempo, não se pode pautar - jamais - as limitações que, por ora, havia ali. Pelo contrário. É preciso deixar uma abertura de possibilidades, com o pensamento (não apenas) de um dia retornar ao "antigo emprego", mas com a perspectiva de que - em um futuro próximo - poderão ser parceiros em outras empreitadas. Não duvide disso. O mundo dá voltas. Amanhã, o seu ex-patrão pode ser seu sócio.

Let's go ao novo desafio. Empresa conceituada na cidade pela longa trajetória na sua atuação. Pelos clientes, havia um atendimento legal (mas poderia ser melhor). Pelos colaboradores, a desejar. Não havia uma consciência de que o seu colega de trabalho também é seu cliente. Espantei-me pela falta de espírito colaborativo ali; RH desvalorizado; pessoas atuando sem perspectivas; atividades desenvolvidas sem resultados; falhas de comunicação entre diretores; sem crédito no mercado financeiro; processo na justiça; um ERP à vista. E você ali diante de uma montanha de situações que jurava - nesses tempos tão avançados - acreditar não existir mais. Afinal, debruçado nas literaturas da faculdade, imaginar que ainda existia chefes e não líderes em uma organização, para mim, foi um susto.  E a decisão estava tomada e olhar para atrás naquele momento seria loucura. A medida em que eu me familiarizava com a cultura da organização, maior eram os desafios.

Antes da implementação de qualquer ERP, o primeiro trabalho foi conscientizar a equipe sobre a necessidade/importância da informação.  Era um trabalho como de escolinha  primária, onde era preciso desenhar para alguns colaboradores sobre as consequências que trariam se, por exemplo, fizessem uma contagem errada do estoque;  se o caixa fechasse uma venda com forma de pagamento errada; ao dar entrada de uma nota fiscal, certificar o EAN do produto; se não houver; providenciar o cadastro interno; projeção do fluxo de caixa; conciliação de conta corrente etc etc etc. De forma sucinta, no cronograma de entrega, para que o novo ERP pudesse rodar e atender todas as necessidades da organização, foi preciso cerca de 6 meses. 

Foram 6 meses exaustivos. Eu trabalhava fora do horário e até levava pendências da semana para resolver via remoto nas tardes de domingo em casa.  Recordo-me, como se fosse hoje, de uma nota fiscal de compra onde havia cerca de 150 itens para dar entrada. Pasmem: levei um domingo inteiro para lançar todos os itens (porque, além da entrada, havia manutenção de cadastro). E você, gostaria de perder o seu domingão diante de uma nota fiscal de 12 páginas? Loucura? Não. Perseverando pelo crescimento profissional. Todo processo precisa ter inicio, meio e fim. E a fidelidade à excelência do trabalho exigia um plus do meu tempo. Quem tem um sonho, não mede seu esforço.

Depois dessa fase extremamente de adrenalina, o sistema começou a atender as necessidades dos processos da empresa. Ficamos satisfeitos pelo retorno. A fase da implementação terminou porém foi a desejar  o reconhecimento pelo trabalho e pela forma eficiente que a integração das informações de um sistema para o outro foi efetuado nesta organização. Após a implementação, iniciaram as frustrações: sobrecarrego de trabalho; desvio de funções; desligamento de pessoas eficientes do quadro de colaboradores da organização (sobre o argumento de corte nos gastos) e a possibilidade que me fez tomar a decisão de mudar de empresa ficava cada vez mais longe.

Muitos não foram correspondidos de forma igualitária e não receberam na mesma proporção que deram. Eu fui um deles. Desanimei diante desses cenários? De forma alguma. Tomei por decisão o meu próprio desligamento e passei abraçar outros desafios. Surgiram novas oportunidades das quais abracei e assim vou me consolidando no mercado de trabalho com as minhas somas de sucessivas experiências onde só vão abrindo novas portas para a minha atuação.

Quando me interrogam qual é a minha forma de atuação como profissional, procuro dizer que sou um "agente facilitador"; porque essa condição atende todas as necessidades da empresa: desde o relacionamento com os colaboradores através de uma comunicação dinâmica, clara e objetiva até na apresentação palpável dos resultados. 

Hoje eu acredito que o reconhecimento é preciso para que o colaborador se sinta valorizado no ambiente onde ele se encontra. Valorizar um colaborador é mostrar para ele quais consequências a empresa tem com a ausência dele. Porém, muito além do reconhecimento, o combustível que me move são os desafios.

Nesse mercado de profundas mudanças, atualmente, estou em um novo desafio: aplicar uma reengenharia no setor financeiro de uma rede de negócios ligada à comunicação. Empresa familiar é mais complexa, não é mesmo? Mas são as complexidades que tornam o meu trabalho mais emocionante.

Experiências. Esse é o significado de currículo. Por falar nisso, o seu curriculo vai bem?

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Rastreabilidade do Pasto ao Prato

NOVAS TENDÊNCIAS: Conscientização ao consumidor. Saiba a procedência da carne que você consome:



domingo, 18 de dezembro de 2011

O Brasil precisa de um novo JK

Ousadia; capacidade de liderança; habilidade política; visão de desenvolvimento são algumas características que fazem de Juscelino Kubitschek memória viva nos tempos atuais.

Por Fábio Lopes
admfabiolopes.blogspot.com

Juscelino foi telegrafista, médico
urologista, prefeito de BH;
governador de Minas Gerais e
presidente do Brasil.
Ambição e ousadia. Será que
o Brasil terá outro presidente
igual a ele?
DEBRUÇANDO-ME NA HISTÓRIA DE JK (1902 - 1976), não há como negar a inteligência e dinamismo que esse homem teve na sua vida pessoal, política e profissional. Imagina, você, nas décadas de 1910 a 1930, viver em uma pacata cidade no interior de Minas Gerais (Diamantina) onde não havia informação suficiente (para não adjetivar de "informação precária"); não havia faculdades; e nem formação profissional. O que havia era apenas uma cultura histórica preservada nas ruas inclinadas em paralelepípedo e nas formidáveis arquiteturas das igrejas (mãos de Aleijadinho). Só. Pense ainda na ausência de seu pai (morto quando o menino havia apenas 3 anos); e uma mãe que precisava sustentar dois filhos dando aulas na pacata cidade. Opa, espera um pouco: uma mãe professora? O nome dela era Júlia Kubitschek.
JK em visita a Diamantina: pacata
e histórica cidade não oferecia condições
dele ir mais além.

Talvez, o incentivo aos estudos fez com que JK criasse esse olhar a diante, mesmo com as limitações que a cidade detinha. Sem recurso, pobre literalmente, foi para Belo Horizonte e conseguiu cursar medicina na Universidade Federal de Minas Gerais. Ambição da época que nasceu de sua mente, pois, analisando cautelosamente, as condições e o meio onde JK estava inserido não ofereciam nenhuma condição para ele chegar onde chegou. 

Dando um grande pulo, chegamos à década de 50. JK é eleito presidente do Brasil em 31 de Janeiro de 1956.  Outra ousadia: Plano de Metas, o que colocou o Brasil, definitivamente, nos trilhos do desenvolvimento e da estabilidade política. Porém, todo esforço de JK foi interrompido pela estagnação econômica liderada pelas forças militares e o país esteve mergulhado em uma inflação incontrolável. 
Muitos historiadores se inflamam afirmando que JK forçou o Brasil para o desenvolvimento e, como consequência, mergulhou a pátria em uma divida pública da qual estamos pagando até hoje  (sabe aquela taxa Selic que os jornais tanto falam? Então, ela determina o custo dessa dívida).

Mas, em outras mãos, todo crescimento e desenvolvimento têm uma consequência e principalmente, quando a economia resolve sair da agricultura e partir para a tecnologia. Começou tarde. O país "dormiu por 400 anos"; naquela época estávamos muito longe de sermos uma potência. Alguém precisaria dar um passo inicial: esse alguém foi JK.

No fim das contas, apesar dos grandes impactos que a inflação afetou na economia, ninguém morreu por causa dela. E hoje, não teríamos um mínimo de industrialização se não fosse o idealismo e ousadia de JK.

Penso que hoje o Brasil precisa de um novo JK; pouco político, mais técnico.  Com metas claras. 

É conhecendo o passado que se entende o presente. Assista o vídeo abaixo e perceba que até hoje vivemos visivelmente os resultados do governo dele.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Marcelo Tas - SID 2011

Palavra de um grande comunicador! Falando da importância da Internet Segura!

terça-feira, 13 de setembro de 2011